quarta-feira, 22 de agosto de 2007


ESCRAVA NA GUERRA DO AMOR

A luz acesa do abajur deixa sua silhueta à mostra.
Teu corpo dança enquanto a tez nua e molhada reflete a luz.
Como felino, sorrateiramente acerca-se da cama,
Com o olhar fito no meu.
Sou hipnotizada por teu corpo,
Teu cheiro me invade e me alucina,
A vontade de te tocar me domina.
Suas mãos encontram as minhas
E nossas bocas se procuram
Num sôfrego beijo,
Misto de desejo incontido e desespero.
Desvairada,
Puxo teu corpo para o meu
Até me sentir preenchida por completo.
Te sinto meu,
Te sinto em mim.
Um frêmito percorre minha espinha
E enlouqueço de vez
Quando ouço seus gemidos de prazer,
Explodindo num gozo quente e longo,
Que me invade as entranhas
E que aprisiono junto ao meu.
E assim...
Vencida em mais uma batalha de amor,
Deixo meus despojos entregues ao vencedor.
Como escrava de guerra me ofereço...
Envolta em nosso lençol de cetim...

Claudia Nunes Ribeiro

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