De branco, de bem, esvoaçante
Leve, louca, linda, descalça
Ela dançava elegante
Uma imaginária valsa
Que me dava arrepios
Ao sentir sua penugem
Ela girava no vazio
Mas eu tinha vertigem
Servia-se do meu vinho
E cantava alegre e tanto
Que até mesmo um passarinho
Veio pousar no seu ombro
Eu sonhava nos seus abraços
Cochichava no seu ouvido
Tatuado com os seus traços
Um coração partido
Ela exalava flores da gente
Quando adormecia saciadauma borboleta no seu ventre
Me beijava encabulada
E nossos corpos entrelaçados
Entre gemidos e risos na viagem
Pelos apelos nos pêlos suados
Sou só mais uma tatuagem.
Zeca Devebec
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